sexta-feira, 19 de novembro de 2010

RESPOSTAS - GUIA DE ESTUDO

SUCESSÃO ECOLÓGICA
1- Espécies pioneiras são aquelas que conseguem se instalar em lugares inóspitos, suportando suas severas condições e abrindo caminho para a chegas de outras espécies. Líquens e musgos.
2- Sucessão ecológica primária é a que ocorre em uma área antes desabitada, cujas condições iniciais eram altamente desfavoráveis à vida. Ex.: a sucessão que ocorre em uma lava vulcânica. A sucessão secundária é a que ocorre em locais desabitados, mas que já foram anteriormente ocupados por uma comunidade biológica e, por isso, apresentam condições iniciais relativamente favoráveis ao estabelecimento de uma comunidade biológica. Ex.: a sucessão que ocorre em um campo de cultivo abandonado em uma área florestal.
3- Microclima refere-se às condições ambientais particulares do biótopo ao qual estão adaptadas determinadas espécies.
4- a) os organismos das comunidades em sucessão provocam modificações na estrutura física do hábitat e no clima, inaugurando nichos ecológicos novos, que favorecem a chegada de novas espécies. Por exemplo, plantas suculentas criam o nicho ideal para pulgões e para outros insetos herbívoros. Estes, servem de alimento a insetos predadores, que servirão de alimento a pássaros insetívoros e assim por diante. b) o aparecimento de novos nichos ecológicos leva ao aumento da diversidade de espécies na comunidade, ou seja, ao aumentos da biodiversidade. Com isso, aumetna o número total de indivíduos capazes de viver na comunidade e, portanto, a biomassa do ecossistema em sucessão. c) o crescimento da teia de relações entre seus componentes permite à comunidade ajustar-se cada vez mais às variações impostas pelo meio, aumentando sua homeostase, isto é, sua capacidade de manter-se estável apesar das variações ambientais.
5- comunidade clímax é uma comunidade estável, em que a biodiversidade, a biomassa e as condições microclimáticas tendem a manter-se constantes. Nesse estágio é atingido o máximo da homeostase. O clímax é um estado de estabilidade da comunidade resultante da sucessão compatível com as condições da região.

GRANDES BIOMAS MUNDIAIS
1- Bioma é um conjunto de ecossistemas terrestres com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de clima. Savana, Floresta tropical pluvial e desertos.
2- O bioma denominado tundra situa-se nas regiões próximas ao pólo ártico, no norte do Canadá, da Europa e da Ásia. Nesses locais a neve cobre o solo durante quase todo o ano, exceto nos três meses de verão, quando a temperatura chega, no máximo, a 10°C positivos. No verão, apenas uma fina camada superficial do solo descongela-se; poucos centímetros abaixo da superfície, o solo permanece congelado, impedindo a drenagem da água do degelo, o que leva à formação de vastos pântanos.
3- O bioma denominado taiga situa-se principalmente no hemisfério norte, ao sul da tundra ártica, onde o clima é frio, com invernos quase tão rigorosos quanto os da tundra, embora a estação quente seja um pouco mais longa e amena. A taiga é conhecida também como floresta de coníferas, pois é constituída basicamente por árvores do grupo das coníferas, como os pinheiros, além de apresentar musgos e líquens. As folhas dos pinheiros são estreitas e afiladas adaptadas para resistir às baixas temperaturas.
4- O bioma denominado floresta temperada decídua é típico de certas regiões da Europa e da América do Norte, onde o clima é temperado e as quatro estações do ano são bem delimitadas. Na floresta temperada predominam árvores que perdem as folhas no final do outono e as readquirem na primavera; daí serem chamadas plantas decíduas. A perda das folhas é uma adaptação ao inverno rigoroso, pois permite reduzir a atividade metabólica da planta, o que é necessário para suportar as baixas temperaturas.
5- O bioma denominado floresta tropical, também chamado de floresta pluvial tropical, localiza-se em regiões de clima quente e com alto índice pluviométrico, ou seja, na faixa equatorial da Terra. A vegetação da floresta tropical é exuberante e com árvores de grande porte, cujas folhas não caem no inverno pouco rigoroso. As plantas tem, em geral, folhas largas e delicadas. As copas mais altas formam um teto de vegetação, sob o qual existe um andar interno, formado pelas copas de árvores mais baixas. A estratificação resultante dos diversos andares de vegetação origina diversos microclimas, com diferentes graus de luminosidade e umidade. Sobre os troncos da árvores, disputando condições melhores de luminosidade, há muitas plantas epífitas, como bromélias e samambaias. Nas florestas tropicais, a reciclagem da matéria orgânica é muita rápida. A derrubada da floresta empobrece rapidamente o solo dos nutrientes. Na floresta há uma grande quantidade de nichos ecológicos o que permite a existência de uma fauna rica e variada.
6- O bioma tipo savana caracteriza-se por apresentar arbustos e árvores de pequeno porte, além de gramíneas. É encontrado na África, na Ásia, na Austrália e nas Américas. Na savana africana, a fauna compõe-se de variados herbívoros de grande porte e de grandes carnívoros. Há diversa espécies de pássaros, de gaviões e de aves corredoras, entre elas o avestruz. No Brasil, um tipo de savana é o cerrado.
7- O bioma denominado pradaria, ou campo, apresenta vegetação constituída predominantemente por gramínea. Esse bioma é encontrado em regiões com períodos marcados de seca, como certas áreas da América do Norte e da América do Sul. Os pampas gaúchos são um tipo de pradaria. A fauna da pradaria é constituída por roedores (hamsters e marmotas) e carnívoros (lobos, coiotes e raposas). Nas pradarias também são abundantes os insetos.
8- O bioma denominado deserto localiza-se em regiões de pouca umidade. Sua vegetação, constituída por gramíneas e por pequenos arbustos, é rala e espaçada, ocupando apenas os locais em que a pouca água existente pode se acumular. As maiores regiões desérticas do globo situam-se na África (deserto do Saara), e na Ásia (deserto de Gobi). A fauna predominante no deserto é composta de animais roedores (ratos-cangurus e marmotas), por répteis (serpentes e lagartos) e por insetos. Animais e plantas do deserto tem marcantes adaptações à falta de água. Os cactos, por exemplo, tem espinhos em vez de folhas, o que reduz a área da planta que perderia água por transpiração. Muitos animais saem das tocas somente à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que ingerem.

PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS
1- A Floresta Amazônica , localiza-se na região Norte do Brasil. O clima reúne condições propícias ao desenvolvimento de um exuberante bioma. A floresta apresenta diversos estratos ou andares formados pelas copas das árvores; o mais alto localiza-se, em geral, entre 30 m e 40 m acima do solo. Entre as árvores da floresta destaca-se a castanheira-do-pará, cujo tronco pode atingir até 3 m de diâmetro e 50 m de altura. A árvore mais conhecida é a seringueira que pode atingir até 30 m de altura, com tronco de mais de 1 m de diâmetro. É do tronco da seringueira que se extrai o látex, a partir do qual é fabricada a borracha natural. A floresta é rica em plantas epífitas, entre as quais se destacam grandes bromeliáceas. Há também epífitas da família das aráceas e begoniáceas, cujas raízes, aéreas chegam até o solo, constituindo densas cortinas de cipós.
2- A floresta atlântica , situa-se nas montanhas e planícies costeiras, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. As árvores apresentam folhas largas e perenes, como as da floresta amazônica. A altura média do andar superior oscila entre 30 m e 35 m, mas a maior densidade da vegetação é a do andar arbustivo. Há grande diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas. Na Bahia, extensas áreas de floresta costeiras foram totalmente destruídas para dar lugar a plantações de cana de açúcar, cacau e banana. A floresta atlântica é um dos biomas mais desvastados pela exploração humana.
3- O cerrado situa-se nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no oeste de São Paulo e Paraná. Há também algumas "ilhas" de cerrado na região amazônica. O cerrado é um bioma do tipo savana, com vegetação arbórea esparsa formada por pequenas árvores e arbustos, muitos deles com cascas espessas. O solo, na estação das chuvas, é relativamente rico em gramíneas, que secam na época das secas. As árvores do cerrado geralmente tem casca grossa e troncos retorcidos; dentre as espécies mais comuns estão o ipê e a peroba-do-campo. O clima do cerrado é relativamente quente, com temperatura média anual por volta de 26° C e índices pluviométricos entre 1.100 mm e 2.000 mm por ano, mas sua vegetação parece ser influenciada pelas características do solo.
4- O bioma pampa, é um tipo de pradaria. Localiza-se principalmente no norte do Rio Grande do Sul. Os pampas ocupam áreas de planície e caracterizam-se pela predominância de gramíneas. Eventualmente podem ser encontrados pequenos bosques de arbustos no interior do pampa, mas são formações isoladas, que não chegam a quebrar a homogeneidade do bioma. O índice de chuvas no pampa fica entre 500 mm e 1.000 mm anuais. A temperatura varia de acordo com a estação, sendo, no inverno, entre 10°C e 14°C e, no verão, entre 20°C e 23°C. Atualmente, a maior parte da vegetação original do pampa foi destruída para dar lugar a áreas cultiváveis.
5- A caatinga é um bioma que ocupa cerca de 10% do território brasileiro, estendendo-se pelos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. A caatinga tem índices pluviométricos baixos. Além de suas condições climáticas serem rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a acidez da paisagem nos meses de seca. A vegetação da caatinga é formada por plantas com marcantes adaptações ao clima seco, como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis e caules suculentos. Entre as poucas espécies da caatinga que não perdem as folhas na época da seca destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse bioma.
6- A Floresta de cocais localiza-se em certas áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte; sua espécie vegetal mais típica é o babaçu. A região onde ocorre a floresta de cocais tem índice elevado de chuvas. Um aspecto interessante é que o solo, na região dos babaçuais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o ano todo. A floresta de babaçu tem importância econômica; das sementes da palmeira extrai-se o óleo, e as folhas são utilizadas para a cobertura de casas e para a fabricação de utensílios domésticos.
7- Pantanal mato-grossense é uma vasta planície inundável que ocupa, em berritório brasileiro, a parte oeste dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, estendendo-se ainda pelo Paraguai, Bolívia e Argentina. No pantanal há grande número de espécies vegetais, a maioria delas também presente em outros biomas brasileiros; poucas espécies são endêmicas, isto é, exclusivas da região. Entre estas destaca-se o carandá, uma espécie de palmeira parecida com a carnaúba. Em alguns locais mais altos, onde o solo não retém água da chuva, a vegetação pode apresentar a feição típica da caatinga, com cactos, barrigudas e gravatás. O bioma do Pantanal é constituído por uma fauna aquática bem variada, que se beneficia das cheias periódicas.
8- Os manguezais são ecossistemas litorâneos com vegetação característica, onde o solo é lodoso e salgado. Formam-se junto a desembocadura de rios e em litorais protegidos da ação direta do mar, tais como baías de águas paradas ou litorais guarnecidos por diques de areia. Durante a maré cheia, o solo do mangue fica coberto por água salgada. Os manguezais estendem-se por toda a costa brasileira. Os manguezais são restritos ao clima tropical e suas características se devem predominantemente aos chamados fatores edáficos, isto é, relativos ao solo. Este é formado por areia fina e lodo, e apresenta teor variado de sal, dependendo de sua proximidade e contato com a água do mar. Por estar constantemente alagado, o solo do mangue é pobre em gás oxigênio, o que determina a sobrevivência apenas de bactérias anaeróbias produtoras de gás sulfídrico, que conferem a esse bioma um cheiro característico.

IMPACTOS AMBIENTAIS
1- O crescimento da população humana e o desenvolvimento industrial e tecnológico, implementados pelo progresso científico tem exposto o planeta Terra a sérias ameaças: poluição, aumento da temperatura globais, destruição da camada de ozônio, esgotamento de recursos naturais, extinção de espécies etc. Felizmente, nas últimas duas décadas, muitas pessoas tem percebido a necessidade de se empenhar em um uso mais racional dos recursos naturais, sob o risco de deixar aos nossos descendentes um mundo inabitável.
2- Todas as espécies exploram recursos do ambiente, causando algum tipo de impacto sobre seus estoques; a espécie humana não é exceção. O grande desafio da humanidade, neste século XXI, é modificar o antigo conceito desenvolvimentista de progresso. É necessário refletir sobre o impacto que cada um de nós causa sobre o ambiente, em termos dos recursos que utilizamos e da destinação do lixo que produzimos. Só assim poderemos suavizar nosso impacto sobre a natureza e garantir um local habitável para as gerações futuras.
3- Poluição é a presença concentrada de determinadas substâncias químicas ou agentes físicos no ambiente, em geral, subprodutos da atividade humana, os poluentes. Estes prejudicam a vida de uma ou mais espécies de organismos de um ambiente.
4- As atividades humanas, principalmente nas sociedades industrializadas modernas, geram diversos tipos de poluentes: excrementos, urina, lixo, fumaça e resíduos industriais, gases do escapamento de veículos motorizados etc.
5- O controle da poluição depende, fundamentalmente, do esclarecimentos e da educação da população. Somente uma sociedade civil amplamente organizada será capaz de exercer uma fiscalização ambiental sistemática, exigindo a criação e principalmente o cumprimento de leis ecológicas eficientes.
6- As principais fontes geradoras da poluição atmosférica são os motores de veículos, as indústrias, a incineração de lixo doméstico e as queimadas de campos e florestas. Essas liberam anualmente na atmosfera milhões de toneladas de gases tóxicos, como monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, além de partículas que ficam em suspensão.
7- Um dos poluentes mais perigosos para os habitantes das grandes metrópoles é o monóxido de carbono (CO), um gás incolor, inodoro, um pouco mais leve do que o ar e muito tóxico. Esse gás é produzido durante a queima incompleta de moléculas orgânicas e sua maior fonte de emissão são os motores a combustão de veículos como automóveis, motocicletas, ônibus, caminhões etc. O monóxido de carbono tem a propriedade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte de gás oxigênio. A exposição prolongada ao monóxido de carbono pode levar à perda de consciência e à morte; o indivíduo intoxicado por esse gás tem sintomas de asfixia, com aumento dos ritmos respiratório e cardíaco.
8- O dióxido de enxofre (SO2), um gás tóxico proveniente da queima industrial de combustíveis, como o carão mineral e o óleo diesel, os quais contem enxofre como impureza, assim como o dióxido de nitrogênio (NO2), também liberado pela atividade industrial, reagem com vapor d'água na atmosfera, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico, respectivamente. Esses compostos dissolvem-se na água das nuvens e precipitam com elas nas chamadas chuvas ácidas. Em certos países europeus, nos quais a produção de energia é baseada na queima de carvão e óleo diesel, as chuvas ácidas tem provocado grandes danos à vegetação, além de corroer construções e monumentos.
9- A forma comum de poluir as águas é o lançamento de dejetos humanos e de animais domésticos nos rios, lagos e mares. Por serem constituídos de matéria orgânica, esses dejetos aumentam a quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente, fenômeno denominado eutroficação. A eutroficação geralmente leva à grande multiplicação de bactérias aeróbias, o que acaba por consumir rapidamente todo o gás oxigênio existente na água. Como consequência, a maioria das formas de vida morre, inclusive as próprias bactérias.

RELAÇÕES ECOLÓGICAS

1- Relações intra-específicas são as que se estabelecem entre indivíduos de mesma espécie, enquanto relações interespecíficas são as que se estabelecem entre indivíduos de espécies diferentes. Exemplo de relação intra-específica é a sociedade; de relação interespecífica é a predação.
2- Competição intra-específica é a disputa, entre indivíduos de mesma espécie, por um ou mais recursos do ambiente. Dependendo da espécie, pode ocorrer competição por água, alimento, minerais, luz, locais par construir os ninhos, parceiros para reprodução etc. Além da luta física por alimento ou por parceiros de reprodução, a competição também pode se manifestar de outras formas. Por exemplo, se um animal é muito ativo na procura de alimento, ele tende a levar vantagem competitiva sobre outro mais lento, principalmente se o alimentos for escasso. Plantas podem competir por água e por nutrientes disponíveis no solo, e também por locais onde a luminosidade seja mais adequada. Em certas regiões desérticas, por exemplo, nota-se uma distribuição espaçada dos indivíduos de certas populações de plantas. Isso se deve à competição pelo suprimento de água no solo: como duas plantas não podem crescer muito perto uma da outra devido à escassez de água, elas distribuem-se com certa homogeneidade na área ocupada pela população.
3- Sociedades são grupos de organismos de mesma espécie em que os indivíduos apresentam algum grau de cooperação entre si e relativa independência e mobilidade. Estas últimas características distinguem sociedade de colônia, na qual os indivíduos são fisicamente unidos. Diversas espécies, inclusive a nossa, vivem em sociedade. Exemplos de sociedades altamente organizadas são encontrados nos insetos sociais das ordens Hymenoptera (abelhas, formigas e vespas) e Isoptera (cupins).
4- Em Apis mellífera, a rainha pode colocar dois tipos de ovo: não fecundado e fecundado. Os ovos não fecundados desenvolvem-se normalmente, fenômeno conhecido como partenogênese e originam machos haplóides com cromossomos exclusivamente maternos. Ovos fecundados originam fêmeas diplóides. Estas podem desenvolver-se como operárias ou como rainhas, dependendo do tipo de alimentação que recebem na fase larval. Larvas de operárias e de zangões são alimentadas principalmente com mel, enquanto certas larvas, alimentadas com uma substância especial, a geléia real, transformam-se em rainhas. Ao atingir a maturidade sexual, as jovens rainhas abandonam a colméia, seguidas por um pequeno grupo de operárias e zangões, e fundam colméias novas.
5- Quando analisadas sob o ponto de vista de ganho ou perda para os indivíduos envolvidos, as relações ecológicas interespecíficas podem ser classificadas em positivas ou negativas. Relações ecológicas positivas são aquelas em que um ou ambos os indivíduos associados beneficiam-se e não há prejuízo para nenhuma das partes. Relações ecológicas negativas são aquelas em que há prejuízo para um dos participantes da relação, o para ambos.
6- Protocooperação ou mutualismo facultativo é um tipo de relação ecológica em que as espécies associadas trocam benefícios, mas também podem viver sozinhas. Um exemplo de protocooperação é a relação entre os caranguejos eremita, e algumas espécies de anêmona do mar. Outro exemplo de protocooperação é a relação entre bois, búfalos e rincerontes, e aves que comem seus carrapatos. Crocodilos também convivem cooperativamente com aves que entram em sua boca, removendo detritos e sanguessugas de suas gengivas.
7- Herbivoria é a relação em que animais herbívoros comem partes vivas de plantas. Do ponto de vista individual, há prejuízo para as plantas e benefício para os animais que delas se alimentam. Essa relação, entretanto, é uma das mais importantes na natureza: é por meio da herbivoria que a energia captada da luz solar pelos produtores pode passar para os demais níveis tróficos das cadeias alimentares.
8- Inquilinismo é a relação em que uma espécie vive sobre ou no interior de uma espécie hospedeira, sem prejudicá-la. O recurso principal buscado pelo inquilino, como o próprio nome indica, é abrigo e moradia. Por exemplo, orquídeas, bromélias e samambaaias que crescem sobre outras plantas são exemplos de inquilinismo. Nesses casos, as espécies inquilinas são chamadas de epífitas. A vantagem das epífitas em crescer sobre árvores de grande porte é obter maior suprimento de luz para a fotossíntese, principalmente no ambiente pouco iluminado do interior das florestas.
9- No comensalismo, assim como no inquilinismo, uma das espécies é beneficiada pela simbiose, enquanto a outra, aparentemente, não obtém nenhum benefício com a relação, embora não sofra prejuízo. O recurso principal buscado pelo comensal é o alimento. Um exemplo clássico de comensalismo é a associação entre a rêmora (ou peixe piloto) e o tubarão. A rêmora se prende ao corpo do tubarão através de uma ventosa que possui no seu dorso. O tubarão fornece transporte gratuito para a rêmora e parece não se importar com sua presença. As rêmoras alimentam-se dos restos das presas caçadas pelos tubarões, obtendo vantagens com a associação.
10- Mutualismo, é um tipo de simbiose em que ambas as espécies que interagem obtêm benefícios. É uma relação permanente e indispensável à sobrevivência dos indivíduos associados. Um exemplo de mutualismo é a interação de ceras espécies de cupins de madeira e micro-organismos que habitam seu intestino.
11- Parasitismo é o tipo de simbiose em que uma espécie parasita associa-se a outra - espécie hospedeira - causando-lhe prejuízos por alimentar-se à sua custa. Organismos parasitas podem viver na superfície externa do hospedeiro, sendo então chamados ectoparasitos, o viver no interior do corpo do hospedeiro, sendo chamados endoparasitos. Exemplos de ectopasitos são piolhos e carrapatos, e de endoparasitos são as lombrigas, solitárias, bactérias, vírus e muitos outros. Há ainda espécies ectoparasitas de plantas, como os pulgões. Há também plantas parasitas de outras plantas. O cipó chumbo, por exemplo, é uma planta parasita de cor amarela, sem folhas nem clorofila, com aparência de fios de ovos, que cresce sobre outras plantas.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

RESPOSTAS - GUIA DE ESTUDO

FLUXO DE ENERGIA E NÍVEIS TRÓFICOS

1- A transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional porque tem início com a captação da energia luminosa pelos produtores, que é liberada ao longo das cadeias alimentares na forma de calor; a transferência de energia termina com a ação dos decompositores.
2-Em uma cadeia alimentar, a quantidade de energia de um nível trófico é sempre maior que a do nível seguinte. Isso ocorre porque todos os seres vivos consomem parte da energia do alimento para a manutenção de sua própria vida, não a transferindo, portanto, para o nível trófico seguinte. Assim a energia obtida originalmente do Sol vai se dissipando ao longo dos níveis tróficos dos ecossistemas. Consequentemente, para se manterem, os ecossistemas dependem do fornecimento constante da energia luminosa do Sol.
3- Biomassa é a massa de matéria orgânica contida em um ser vivo (ou em um conjunto de seres vivos); ela reflete a quantidade de energia contida nos organismos e disponível para transferência ao nível trófico seguinte.
4- Pirâmides de energia são gráficos que apresentam forma de pirâmide e representam as quantidades de energia ou de biomassa em cada nível trófico. Nesse tipo de representação, a base corresponde ao nível trófico dos produtores; na sequência são representados os níveis dos consumidores primários, dos consumidores secundários, e assim por diante. A largura de cada nível representa a quantidade de energia ou de matéria orgânica disponível para o nível trófico seguinte.
5- pirâmide de números é um tipo de representação gráfica que indica a quantidade de indivíduos que compõem cada nível trófico de uma cadeia alimentar. Por exemplo, na cadeia alimentar formada por capim, gafanhotos e sapos, uma pirâmide de números mostra a quantidade de plantas, de insetos e de sapos, que compõem, respectivamente, o nível dos produtores, o nível dos consumidores primários e o nível dos consumidores secundários. Eventualmente, se há apenas um produtor de tamanho grande (uma árvore, por exemplo) e muitos consumidores secundários (lagartas de borboleta, por exemplo), o gráfico não terá formato de pirâmide, embora receba a denominação pirâmide de números.
6- Se uma cadeia alimentar apresentar menos níveis tróficos, nela ocorrerão perdas energéticas relativamente menores, uma vez que as maiores perdas de energia ocorrem, precisamente, na transferência de um nível trófico para outro. Por exemplo, é preciso usar quase 1 tonelada de vegetais para alimentar um número de coelhos que forneça apenas 250 Kg de carne. Portanto, é menos dispendioso, embora nem sempre adequado ao paladar humano, usar diretamente os vegetais como alimento, evitando a perda energética que ocorre na transferência para o nível dos herbívoros.
7- A explicação para a maior produtividade do ecossistema marinho é que nas algas do fitoplâncton não há, como nas plantas, tecidos não produtivos, isto é, que não fazem fotossíntese, como madeira, fibras etc. O ciclo de vida das algas é curto, possibilitando que a quantidade de energia por elas absorvida seja rapidamente liberada pela morte e decomposição dos indivíduos, sem acúmulo de biomassa. Por outro lado, em uma floresta grande parte da energia absorvida na fotossíntese fica armazenada na madeira das árvores, constituindo uma biomassa improdutiva e de longa duração.

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
1- Ciclo biogeoquímico é a passagem de elementos químicos (ou água) da matéria orgânica constituinte dos seres vivos ao ambiente e vice-versa. Uma vez que elementos químicos que faziam parte de seres vivos voltam ao ambiente não vivo, fala-se em ciclo biogeoquímico, para ressaltar o fato de que os elementos químicos circulam entre os seres vivos e o planeta.
2- O processo de reciclagem dos elementos químicos na natureza é realizado principalmente por certos fungos e bactérias decompositores. Nutrindo-se dos cadáveres dos mais diversos seres vivos, os decompositores promovem sua degradação, transformando as substâncias orgânicas do cadáver em substâncias mais simples, que passam para o ambiente não vivo e podem ser reutilizadas por outros seres, como matéria prima para a fabricação de suas substâncias orgânicas. Se não houvesse reaproveitamento dos componentes da matéria dos cadáveres, alguns dos elementos fundamentais para constituir novos seres vivos poderiam se esgotar.
3- O pequeno ciclo da água é o ciclo das chuvas, em que a água dos oceanos, lagos, rios, geleiras e mesmo a embebida no solo evapora, passando à forma gasosa. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor d’água condensa-se e origina nuvens, retornando à crosta terrestre na forma de chuva. O grande ciclo da água é aquele do qual participam os seres vivos.
4- CICLO DA ÁGUA
Formas de obtenção

Plantas obtêm água do solo, pela absorção das raízes. Animais bebem ou obtêm água contida nos alimentos

Funções nos seres vivos
Solvente; a água constitui os fluidos celulares e corporais; é reagente de inúmeras reações químicas biológicas.

Formas de devolução ao ambiente
As plantas eliminam água por transpiração; os animais eliminam água por transpiração e também na urina e nas fezes. Ao morrerem, plantas e animais são decompostos e a água que fazia parte de sua constituição retorna ao ambiente.

5-CICLO DO CARBONO
Formas químicas disponíveis no ambiente
Na atmosfera, o carbono está disponível na forma de gás carbônico. (CO2)

Forma de obtenção pelos seres vivos
As plantas captam CO2 e o utilizam na fotossíntese para produzir substâncias orgânicas. Animais obtêm carbono (C) comendo plantas ou outros animais.

Formas de devolução ao ambiente
Plantas e animais eliminam CO2 na respiração celular; os animais eliminam carbono (C) nas substâncias das fezes. Ao morrerem, plantas e animais são decompostos e os átomos de C que faziam parte de sua constituição retornam ao ambiente na forma de CO2.

6- No passado, cadáveres de grande quantidade de organismos não foram decompostos, em geral por terem sido rapidamente sepultados no fundo do mar sob depósitos de sedimentos que depois se tornaram rochas. Os resíduos orgânicos desses seres soterrados sofreram lentas transformações químicas e se transformaram nos chamados combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo. A energia contida nas substâncias que formam esses combustíveis foi, portanto, originalmente captada da luz solar pela fotossíntese, milhões de anos atrás. A utilização de combustíveis fósseis pela humanidade tem restituído à atmosfera, na foram de CO2, os átomos de carbono que ficaram fora de circulação durante milhões de anos. Devido à queima desses combustíveis, a concentração de gás carbônico no ar aumentou, nos últimos 100 anos. De acordo com muitos cientistas, o aumento do teor de CO2, na atmosfera tem provocado a elevação da temperatura média da Terra, em razão do efeito estufa.
7- Fixação do nitrogênio é a incorporação de átomos de nitrogênio do N2 atmosférico (gás nitrogênio ou nitrogênio molecular) em moléculas orgânicas. A grande maioria dos seres vivos não consegue utilizar nitrogênio na forma de N2 e por isso depende de umas poucas espécies de bactéria, conhecidas genericamente como bactérias fixadoras de nitrogênio, capazes de utilizar diretamente o nitrogênio do N2, incorporando-o em suas moléculas.
8- Algumas bactérias de vida livre, entre elas as cianobactérias, fixam o nitrogênio da atmosfera. Outras bactérias fixadoras de nitrogênio, no entanto, vivem no interior de células de organismos eucarióticos. Esse é o caso das bactérias do gênero Rhizobium, que vivem associadas principalmente às plantas leguminosas (feijão, soja, ervilha etc.). Essas bactérias invadem as raízes de plantas jovens, instalando-se e reproduzindo-se no interior de suas células. As bactérias estimulam a multiplicação das células infectada, o que leva à formação de tumores, denominados nódulos. Graças à associação com os rizóbios, as plantas leguminosas podem viver em solos pobres em compostos nitrogenados, nos quais outras plantas não se desenvolvem bem. Os rizóbios, por sua vez, também se beneficiam com a associação, pois utilizam como alimento substâncias orgânicas produzidas pela planta. Ao morrerem e se decompores, as plantas leguminosas liberam, em forma de amônia, o nitrogênio de suas moléculas orgânicas, fertilizando o solo.
9- Nitrificação é o processo de formação de nitratos no solo que ocorre pela ação conjunta de dois grupos de bactérias quimiossintetizante, conhecidas genericamente como bactérias nitrificantes. As primeiras bactérias a atuar na nitrificação pertencem ao gênero Nitrosomonas. Elas realizam a oxidação da amônia (NH3) processo em que essa substância se combina com moléculas de gás oxigênio (O2), produzindo o ânion nitrito (NO2). Essa reação libera energia, utilizada pela bactéria em seu metabolismo. O nitrito é tóxico para as plantas, mas raramente se acumula no solo por muito tempo, pois é rapidamente oxidado por bactérias em seu metabolismo. O nitrato é facilmente assimilado pelas plantas. O nitrogênio (N) que o compõe passa a fazer parte de moléculas orgânicas vegetais, principalmente proteínas e ácidos nucléicos. Quando as plantas são comidas por herbívoros, as substâncias orgânicas nitrogenadas são utilizadas para a constituição das moléculas animais. O mesmo ocorre nos níveis tróficos superiores das cadeias alimentares.
10- Desnitrificação é a degradação de compostos nitrogenados realizada para obtenção de energia, por certas bactérias do solo, denominadas genericamente bactérias denitrificantes. Essas bactérias liberam gás nitrogênio, que retorna à atmosfera.tese fica armazenada na madeira das árvores, constituindo uma biomassa improdutiva e de longa duração.

11-Adubação verde é o aumento do teor de nitrogênio disponível no dolo por meio do cultivo de plantas leguminosas como soja, alfafa, feijão, ervilha etc., que abrigam em suas raízes bactérias fixadoras de nitrogênio do gênero Rhizobium. As leguminosas podem ser plantadas tanto junto com plantas não leguminosas, formando as chamadas plantações consorciadas, como em períodos alternados com cultivo de outras plantas, processo que é chamada de rotação de culturas. Em campos experimentais plantados com leguminosas como alfafa e soja, verificou-se aumento de até 100 vezes a quantidade de nitrogênio fixado, em relação a um ecossistema natural.
12-CICLO DO NITROGÊNIO
Forma química disponível no ambiente

Na atmosfera, na forma de gás nitrogênio (N2)

Forma de obtenção pelos seres vivos
Bactérias fixadoras de nitrogênio como os rizóbios fixam o nitrogênio atmosférico. Com a decomposição, o nitrogênio na forma de amônia chega ao solo. Bactérias nitrificantes convertem amônia em nitratos, a forma que é mais bem assimilada pelas plantas. Animais obtêm nitrogênio ao comer plantas ou outros animais.

Formas de devolução ao ambiente
Plantas e animais, ao morrer, são decompostos e o nitrogênio volta ao ambiente na forma de amônia. Animais excretam compostos nitrogenados (uréia etc.). Bactérias desnitrificantes no solo utilizam compostos nitrogenados e liberam gás nitrogênio para o ambiente.

13- Gás oxigênio, gás carbônico e água constituem as três principais fontes inorgânicas de átomos de oxigênio para os seres vivos. O ciclo do oxigênio consiste na passagem de átomos de oxigênio de compostos inorgânicos do ambiente para substâncias orgânicas dos seres vivos, e vice-versa.

CAMADA DE OZÔNIO
1- Nas altas camadas da atmosfera, uma das formas de radiação ultravioleta emitida pelo Sol (ultravioleta curta) causa a ruptura de uma certa quantidade de moléculas de gás oxigênio (O2), com liberação de átomos isolados que imediatamente reagem com moléculas de O2, formando o gás ozônio (O3). Essa reação ocorre a altitudes entre 20Km e 40Km acima do nível do mar.

2- O ozônio forma , na alta atmosfera, uma camada que constitui um escudo protetor contra a penetração de um tipo de radiação ultravioleta do Sol, a ultravioleta longa, muito prejudicial aos seres vivos. Se essa radiação atingisse livremente a superfície do planeta, muitos organismos morreriam. A radiação ultravioleta longa aumenta significativamente a taxa de mutação dos genes, sendo um dos principais fatores responsáveis pela ocorrência de câncer de pele na espécie humana.

domingo, 17 de outubro de 2010

GUIA DE ESTUDO

ATENÇÃO: Este guia deve ser copiado ou impresso e colado no caderno

FLUXO DE ENERGIA E NÍVEIS TRÓFICOS

1- O que significa dizer que o fluxo de energia nos ecossistemas é unidirecional?
2- O que ocorre na transferência entre níveis tróficos com a quantidade de energia disponível?
3- O que é biomassa?
4- O que são pirâmides de energia?
5- O que é uma pirâmide de energia?
6- Por que é menos dispendioso produzir alimentos vegetais (como grãos, por exemplo) do que alimentos animsia (como carne, por exemplo)?
7- Por que motivo a produtividade de um ecossistema marinho, em que os produtores são seres microscópicos do fitoplâncton, é mair que a de um ecossistema de terra firme, como uma floresta?

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

1- Conceitue ciclo biogeoquímico
2- De que maneira os agentes decompositores atuam nos ciclos biogeoquímicos?
3- Compare resumidamente o pequeno e o grande ciclo da água na biosfera.
4- Em relação ao ciclo da água, faça uma tabela que contenha os seguintes itens: a) formas de obtenção de água por plantas e animais; b) principais funções da água no metabolismo vegetal e animal; c) formas pelas quais a água é devolvida ao ambiente por plantas e animais.
5- Em relação ao ciclo do carbono, faça uma tabela que contenha os seguintes itens; a) forma química em que o carbono está disponível n ambiente; b) formas de obtenção de carbono por plantas e animais; c) processos pelos quais o carbono orgânico é devolvido ao ambiente pelas plantas e animais.
6- O que são e como se formaram os combustíveis fósseis? Qual é a conseqüência a sua utilização pela humanidade?
7- O que é fixação do nitrogênio e como ela ocorre?
8- Quais são e onde vivem os principais organismos fixadores de nitrogênio dos ecossistemas de terra firme?
9- O que é nitrificação? Quais são e como atam as bactérias que executam esse processo?
10-O que é desnitrificação e qual é o seu papel no ciclo do nitrogênio?
11-O que é adubação verde? Exemplifique
12-Em relação ao ciclo do nitrogênio, faça uma tabela que contenha os seguintes itens: a) forma química em que o nitrogênio está acumulado no ambiente; b) formas de obtenção de nitrogênio por plantas e animais; c) processos pelos quais o nitrogênio orgânico é devolvido ao ambiente por plantas e animais.
13-Quais são as três principais fontes inorgânicas de oxigênio utilizadas pelos seres vivos? De que maneiras o oxigênio presente em um organismo vivo retorna ao ambiente?

CAMADA DE OZÔNIO QUE PROTEGE A TERRA

1- Como se forma o gás ozônio na atmosfera?
2- Qual é a importância da camada de ozônio atmosférico para os seres vivos?
3- Qual é a principal causa da destruição parcial da camada de ozônio na atmosfera e quais são as conseqüências dessa destruição?

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

Com a morte dos organismos ou perda de partes de seu corpo, a matéria orgânica é degradada, e os átomos que a constituíam retornam ao ambiente, onde poderão ser incorporados por outros seres vivos. Uma vez que os átomos dos diversos elementos químicos que faziam parte de seres vivos voltam ao ambiente não vivo, fala-se em ciclos biogeoquímicos, para se ressaltar o fato de que os elementos químicos circulam entre os seres vivos (biosfera) e o planeta (atmosfera, hidrosfera e litosfera).
Se não houvesse esse reaproveitamento dos componentes da matéria dos cadáveres, átomos de alguns dos elementos químicos fundamentais para a constituição de novos seres vivos poderiam se esgotar.O processo de reciclagem na natureza é realizado principalmente por certos fungos e bactérias decompositores.

CICLO DA ÁGUA
O ciclo da água é importante porque essa substância está associada aos processos metabólicos de todos os seres vivos. O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.
O pequeno ciclo da água é aquele em que a água dos oceanos, lagos, rios, geleiras e mesmo a embebida no solo evapora, passando à forma gasosa. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor d'água condensa-se e origina nuvens, a partir das quais retorna à crosta terrestre na forma de chuva. O ciclo das chuvas contribuiu no passado e ainda contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.
O grande ciclo da água é aquele do qual participam os seres vivos. A água além de ser solvente e reagente de inúmeras reações químicas intracelulares, é uma das matérias primas da fotossíntese. Os seres vivos também perdem, continuamente água por transpiração, na respiração, na urina e nas fezes.
Parte da água que as plantas e os animais absorvem é utilizada na síntese de outras substâncias, ficando incorporada nos tecidos animais e vegetais até sua morte, quando é devolvida ao ambiente pela ação dos decompositores.
CICLO DO CARBONO
Consiste na passagem de átomos de carbono (C) presentes nas moléculas de gás carbônico (CO2) disponíveis no ecossistema para moléculas que constituem as substâncias orgânicas dos seres vivos (proteínas, glicídios, lipídios etc.), e vice-versa.
O carbono captado na fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro e, ao mesmo tempo, retornando aos poucos à atmosfera, como resultado da respiração dos próprios organismos e da ação dos decompositores, que atuam em todos os níveis tróficos.
A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo liberam carbono,na forma de CO2 à atmosfera. Devido à queima desses combustíveis, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou, nos últimos 100 anos. De acordo com muitos cientistas esse aumento está provocando a elevação da temperatura média da Terra, em decorrência do aumento do efeito estufa.

CICLO DO NITROGÊNIO

O ciclo do nitrogênio consiste na passagem de átomos de nitrogênio de substâncias inorgânicas do meio físico para moléculas orgânicas constituintes dos seres vivos, e vice-versa. Átomos de nitrogênio fazem parte de diversas substâncias orgânicas, sendo as mais importantes as proteínas e os ácidos nucléicos.

O maior reservatório de nitrogênio do planeta é a atmosfera (79% do vol. do ar atmosférico). A grande maioria dos seres vivos, não consegue utilizar nitrogênio na forma molecular (N2) e, por isso, depende das bactérias fixadoras de nitrogênio, capazes de utilizar diretamente o N2.

Fixação do nitrogênio e nitrificação

Algumas plantas conseguem aproveitar diretamente a amônia (NH3), mas o composto nitrogenado mais empregado pelos vegetais é o nitrato (NO3). O processo de formação de nitratos no solo é denominado nitrificação, e sua ocorrência dá-se pela ação de dois grupos de bactérias quiossintetizantes, as bactérias nitrificantes.

O primeiro grupo (Nitrossomonas) oxidam a amônia (essa substância combina com moléculas de gás oxigênio) produzindo o nitrito (NO2). O nitrito é tóxico e raramente se acumula no solo por muito tempo, pois é imediatamente oxidado por bactérias do gênero Nitrobacter, que se transformam em nitratos. O nitrogênio que compõe o nitrato passa a fazer parte de moléculas orgânicas vegetais. Quando as plantas são comidas por herbívoros, as substâncias orgânicas nitrogenadas são utilizadas para a constituição das moléculas animais. O mesmo ocorre nos níveis tróficos superiores das cadeias alimentares.

A ação de decompositores em excretas, liberadas pelos seres vivos, e plantas e animais mortos garante o retorno ao solo, na forma de amônia, do nitrogênio constituinte das moléculas orgânicas e pode passar novamente por processos de nitrificação.

Desnitrificação

Enquanto uma parte dos compostos nitrogenados presentes no solo sofre nitrificação, outra sofre desnitrificação, processo realizado por bactérias do solo, denominadas genericamente bactérias desnitrificantes. Estas, para obter energia, degradam compostos nitrogenados liberando gás nitrogênio (N2), que retorna à atmosfera.











ENERGIA E MATÉRIA NOS ECOSSISTEMAS

Fluxo de energia e níveis tróficos
O Sol é o principal responsável pela existência de vida na Terra. Em primeiro lugar, porque as radiações solares aquecem o solo, as massas de água e o ar, criando um ambiente favorável à vida. Em segundo lugar, porque a luz solar é captada pelos seres fotossintetizantes e transferida de um organismo para outro, ao longo das cadeias alimentares, permitindo a existência de praticamente todos os ecossistemas da Terra.
A energia luminosa captada por algas, plantas e bactérias fotossintetizantes é utilizada na produção de substâncias orgânicas, nas quais fica armazenada como energia potencial química. Ao comer seres fotossintetizantes, os consumidores primários aproveitam a energia contida nas moléculas das substâncias orgânicas ingeridas, utilizando-a em seus processos vitais, inclusive na síntese de suas próprias substâncias orgânicas. Os consumidores secundários, por sua vez, ao comer consumidores primários, utilizam as substâncias destes como fonte de energia, e assim por diante. Portanto, a transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional; ela tem início com a captação da energia luminosa pelos produtores e termina com a ação dos decompositores. Em cada nível trófico, parte da energia armazenada nas moléculas orgânicas é utilizada na realização de trabalho e liberada na forma de calor.
Em uma cadeia alimentar, portanto, a quantidade de energia presente em um nível trófico é sempre maior que a energia que pode se transferida ao nível seguinte. Isso ocorre porque todos os seres vivos consomem parte da energia do alimento para a manutenção de sua própria vida e não transferem essa parcela para o nível trófico seguinte.
Assim, a energia captada originalmente do Sol vai se dissipando como calor ao longo dos níveis tróficos dos ecossistemas. Consequentemente, para manter-se, estes dependem da absorção constante de energia luminosa do Sol.
PIRÂMIDES
Pirâmides são formas de demonstrar através de gráficos a hierarquia de cadeias.
Biomassa
Corresponde a matéria orgânica de cada nível trófico (sua pirâmide é igual a de energia já que a energia está na biomassa, assim quanto maior a biomassa, maior a energia).
Energia
Corresponde a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico.
Números
A largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada, veja nos exemplos abaixo:

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ECOLOGIA

O que é Ecologia?
O termo Ecologia (do grego oikos, casa, e logos, ciência) é o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
BIOSFERA
No início de sua existência, a Terra era um planeta bem diferente do atual. Sua superfície era quantíssima, não permitindo a existência de água em estado líquido. Evidências recentes sugerem que a atmosfera terrestre, há 3,5 bilhões de anos, era muito diferente da atual, sendo constituída principalmente de gás carbônico (CO2), metano(CH4), monóxido de carbono (CO) e gás nitrogênio (N2).
A medida que o planeta foi esfriando, água líquida foi acumulando-se nas depressões da crosta, originando os primeiros lagos e mares da Terra. O intenso bombardeamento por radiações solares teria causado alterações químicas e físicas nos componentes da atmosfera e da crosta terrestre, criando condições para o surgimento da vida.
Com o aparecimento dos seres vivos, há cerca de 3,5 bilhões de anos, uma nova entidade passou a fazer parte da constituição de nosso planeta. Além da litosfera (constituída pelas rochas e pelo solo), da hidrosfera (constituída pelas águas) e da atmosfera (constituída pelo ar), passou a existir a biosfera, representada pelos seres vivos e pelo ambiente em que vivem.
Biosfera é, portanto, a região do ambiente terrestre onde há seres vivos. A biosfera estende-se desde as profundezas dos oceanos até o topo das mais altas montanhas.
POPULAÇÕES, COMUNIDADES E BIÓTOPOS
A biosfera é formada por milhões de espécies de seres vivos. As diferentes espécies distribuem-se em grupos de indivíduos, chamados de populações biológicas. Uma população é o conjunto de seres de mesma espécie que vive em determinada área geográfica.
O conjunto de populações de diferentes espécies que vivem em uma mesma região constitui uma comunidade biológica, também chamada de biota, ou biocenose. A comunidade de uma floresta, por exemplo, compõe-se de populações de várias espécies de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microrganismos etc., que convivem e se inter-relacionam.
Além de se inter-relacionar, os seres vivos de uma comunidade biológica, ou seja, os componentes bióticos da comunidade, interagem com os componentes não vivos do ambiente, denominados componentes abióticos. Estes compreendem aspectos físicos e geoquímicos do meio, constituindo o biótopo. No exemplo da floresta, o biótopo é a área que contem o solo (com seus minerais e água) e a atmosfera (com seus gases, umidade, temperatura, grau de luminosidade etc.)
HÁBITAT E NICHO ECOLÓGICO
O ambiente em que vive determinada espécie ou comunidade, caracterizado por suas propriedades físicas e bióticas, é seu hábitat. Quando dizemos que certa espécie vive na praia e que outra vive na copa das árvores, estamos nos referindo aos hábitats dessas espécies.
Cada espécie de ser vivo está adaptada a seu hábitat. Essa adaptação refere-se a um conjunto de relações e de atividades características da espécie no local, desde os tipos de alimento utilizados até as condições de reproduçõa, tipo de moradia, hábitos, inimigos naturais, estratégias de sobrevivência etc. Esse conjunto de interações adaptativas da espécie constitui seu nicho ecológico.
ECOSSISTEMA
O termo ecossistema é utilizado para descrever uma unidade discreta em que seres viso (biocenose) e componentes não vivos (biótipo) interagem, formando um sistema estável. Os princípios que definem um ecossistema aplicam-se em todas as escalas, desde um pequeno lago até o nível planetário. Assim, um ecossistema pode ser tanto uma floresta, um lago, uma ilha, um recife de corais ou um aquário auto-suficiente, com plantas, peixes, bactérias, algas etc. O maior ecossistema do planeta é a própria biosfera, considerada em sua totalidade.
CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES
Cadeia alimentar é definida como a série linear de organismos pela qual flui a energia originalmente captada pelos seres autotróficos fotossintetizantes e quimiossintetizantes. Cada elo da cadeia, representado por um organismo, alimenta-se do organismo que o precede e serve de alimento para o organismo que o sucede. Na representação de uma cadeia alimentar considera-se que cada organismo ou espécie praticipante alimenta-se exclusivamente de outro tipo de organismo. Por exemplo, em um ecossistema de campo, a série constituída por plantas de capim, que são comidas por gafanhotos, que são comidos por pássaros insetívoros, que são comidos por serpentes, constitui uma cadeia alimentar.
Uma cadeia alimentar geralmente apresenta três ou quatro elos, sendo raros os casos de mais de seis elos. O primeiro componente de uma cadeia alimentar é sempre um organismo autotrófico, em geral uma alga ou uma planta. Esse primeiro componente da cadeia é denominado produtor, pois é quem capta energia luminosa ou energia química e a utiliza para a síntese de matéria orgânica, a partir de substâncias inorgânicas. Os demais componentes da cadeia, denominados consumidores, utilizam a energia captada pelos produtores e armazenada nas moléculas orgânicas que ingerem como alimento.
Cadeias alimentares não ocorrem isoladas nos ecossistemas, uma vez que as relações alimentares entre os organismos de uma comunidade são muito complexas, com um mesmo organismo participando de diversas cadeias alimentares, até mesmo em níveis tróficos diferentes.
As relações alimentares entre os diversos organismos de um ecossistema costuma ser representadas por meio de diagramas, denominados teias alimentares, ou redes alimentares. Estes compõem-se de diversas cadeias alimentares interligadas por meio de linhas, que unem os diversos componentes da comunidade entre si, evidenciando suas relações alimentares.
Produtores, consumidores e decompositores

Cada um dos elos de uma cadeia alimentar constitui um nível trófico. Os produtores formam o primeiro nível trófico de qualquer cadeia alimentar. Os seres que se alimentam diretamente dos produtores, denominados consumidores primários, constituem o segundo nível trófico; os seguintes, que se alimentam dos consumidores primários, denominados consumidores secundários, constituem o terceiro nível trófico e assim por diante.
Considerando como exemplo a cadeia alimentar constituída por: plantas de capim, gafanhotos que se alimentam de capim, pássaros que se alimentam dos gafanhotos e serpentes que se alimentam dos pássaros. Essa cadeia alimentar possui quatro níveis tróficos: o primeiro é constituído pelas plantas de capim (produtores); o segundo, pelos gafanhotos (consumidores primários); o terceiro, pelos pássaros insetívoros (consumidores secundários); o quarto e último nível trófico é constituído pelas cobras (consumidores terciários).
Ao morrer, produtores e consumidores dos diversos níveis tróficos servem de alimento a certos fungos e bactérias. Estes decompõem a matéria orgânica dos seres mortos para obter nutrientes e energia, e por isso são chamados de decompositores. Os decompositores utilizam também as substâncias contida em resíduos e excreções dos animais. A decomposição é importante por permitir a reciclagem dos átomos de elementos químicos, que podem voltar a fazer parte de outros seres vivos.